“As empresas são organismos vivos. Aquelas que não olharem para o futuro, que não se mexerem, vão morrer.”
Com afirmações como essa, representantes de quatro grandes empresas falaram sobre a necessidade de transformação constante e sobre como têm lidado com o assunto, no painel que encerrou o 5º Encontro de Vendas Diretas DirectBiz Trevisan. Seja criando uma agenda específica, seja designando uma equipe exclusiva ou simplesmente mantendo a mente e os ouvidos abertos para o que os colaboradores têm a dizer, José Damigo Neto – CEO da Racco Cosméticos; Marcel Szajubok – CEO da Jeunesse Global Brasil; Mauro Melo – Diretor Comercial da Jequiti Cosméticos e Cid Pereira – Gerente de Inovação Comercial da Natura & Co, com a moderação de Marcelo Pinheiro – CEO da DirectBiz, dividiram o palco e conversaram com os participantes sobre como suas empresas, novos ou tradicionais players do mercado, se tornaram protagonistas e se mantém entre os grandes do mercado de Vendas Diretas.
Em meio à diversidade das falas, chamou a atenção a unanimidade quando o assunto é a necessidade da mudança. Trazendo à tona uma das frases que abriu o dia, todos concordam que no mundo atual é “preciso correr para ficar no mesmo lugar”. E se tem uma coisa que nenhum desses tops players deseja é apenas ficar no mesmo lugar.
Todos concordam também que as empresas precisam lidar com muita coisa. As questões tributárias e burocráticas do nosso país, por exemplo, consomem muito tempo e energia. Mas que é preciso um esforço diário para que as demandas rotineiras não desviem a atenção do futuro.
Alguns exemplos de ações foram citados, como células isoladas que desenvolvem projetos disruptivos, parcerias com startups ou consultorias de inovação, mas o que parece mesmo fazer a diferença para essas empresas é a habilidade de seus gestores em fazer com que os colaboradores se sintam donos do negócio. Quando todos na empresa sentem-se incentivados a compartilhar suas visões, a inovação se torna uma cultura enraizada em todos os setores, criando um movimento constante de ideias e transformação. Para isso, o papel da gestão divide-se em, por um lado, estar acessível e, por outro lado, permitir o erro. Uma cultura empresarial que não permite o erro, inibe qualquer iniciativa inovadora.
Algumas empresas, principalmente as mais jovens, já nascem com esse DNA. Outras precisam trabalhar sua cultura e criar mecanismos para estar sempre em movimento. É a única forma de manter-se no jogo e crescer em meio às metamorfoses constantes da nossa era.