Já imaginou o mundo sem marcas? É difícil imaginar, já que elas fazem parte da nossa vida desde nosso nascimento, como a fralda da marca X, o shampoo da marca Y e a roupinha da marca Z. Assim crescemos! Descobrindo marcas e incluindo-as em nosso mundo, como se fossem pessoas com quem nos relacionamos e instrumentos de expressão da nossa personalidade, nos despertando sensações e senso de pertencimento.
Neste tempo de incertezas econômicas, com alta do dólar e impactos nos níveis de consumo, as marcas continuam do nosso lado, se mostrando grandes ferramentas para manutenção da competitividade.
Em épocas difíceis, preferimos mais do que nunca estar perto de quem nos faz sentir bem e nos dá segurança. Sejam pessoas, sejam marcas. Demoramos muito para abrir mão de nossa marca preferida. E se o fazemos, é por outra que nos traga uma sensação que recompense a “troca”.
As empresas que têm consciência deste “potencial da marca” no seu negócio sabem que ela não é apenas um “símbolo estampado em um frasco”. Por trás disso, há uma razão de ser maior, uma estratégia que transforma os produtos em algo mais, que vai além da entrega física do produto, algo que transcende, encanta e inspira. Que gera um vínculo, uma preferência!
A marca é um diferencial competitivo e, quando bem trabalhada, traz resultados surpreendentes, afinal, produtos podem ser copiados. A marca não, ela vai muito além. É por ela que pessoas chegam a pagar muito mais caro pelo mesmo produto.
Mas não basta ter uma estratégia de marca e deixá-la na gaveta. O mais importante é dar vida a ela de forma consistente, em todas as ações da empresa, seja na definição de produtos, no discurso da equipe de vendas, tom da comunicação e na forma como esta empresa se porta em todas as situações. Para ser reconhecida como tal, a marca precisa ser a espinha dorsal das decisões da empresa.
As empresas que agem assim constroem marcas fortes e de alta credibilidade, conquistando colaboradores e consumidores apaixonados. Caso contrário, será só mais um produto ou mais um emprego. Sem vínculo emocional, estes podem mudar de time na primeira oportunidade.
Você, que é um executivo, tenho certeza de quer que sua marca seja inspiradora e competitiva. Então pare para pensar: que tempo e atenção você tem dedicado a ela? E não pense na Comunicação, pois isto não é “A” marca! Isto “TAMBÉM” é marca.
Avalie melhor seus produtos, seus serviços, sua embalagem, sua comunicação, o discurso da sua equipe de vendas, os materiais que eles usam, como atendem o telefone, como tratam os fornecedores e colaboradores, quais os ingredientes dos produtos. Avalie isso e tudo mais o que for de acesso a seus colaboradores, fornecedores, ao mercado e aos consumidores.
Olhando para tudo isso, veja se encontra uma sinergia, uma consistência e principalmente, se você enxerga uma razão maior? Quando lhe perguntam o que sua empresa faz, o que você responde? Você vende produtos ou vocês entregam sonhos, sensações ou causas? As pessoas compram isso. Os produtos são apenas avatares de algo a mais, de um bem maior.
Construir este conceito de bem maior, e fazer com que as pessoas entendam isso, é um “trabalho de marca” contínuo e gratificante. Exige consistência em todas as ações sempre. Sempre mesmo. Uma decisão errada que venha a ferir a estratégia de marca pode colocar tudo a perder.
Então, e na sua empresa? Como está a consistência das suas ações e da sua proposta de valor? Sua marca está competitiva? Faça a avaliação que sugerimos e descubra se você vende produtos ou realmente vende uma marca.
Por Laís Carvalho, Consultora especializada em Branding e Comunicação na Venda Direta e no Varejo.